Sem saber ao certo qual seria a doença que assolava minha alma, corri para o mar e, ajoelhado, chorando, o céu chorou comigo. Naquela tarde cinzenta, sem luz, senti que o céu e eu erámos uma coisa só.
Eu chorava e ele, complacente, derramava suas lagrimas de dor apenas e com o mero desejo de estar ao meu lado. Tentando enxugar as gotas que caiam, vi que o céu se abria, sem fazer barulho.
Diante de tanta luz, quis ter você por perto, não para te ter, apenas para estar, sem qualquer segurança do que viria, somente com o desejo de viver aquele momento.
O que a vida senão uma sucessão de momentos?
Assim como os grãos de areia que formam a praia, são os momentos que formam a vida. Senti então a plena e tranquila vontade de viver.
2 comentários:
Profundo! Poético! Você está escrevendo cada vez melhor... muito bom!!!! =)
São pequenos os momentos que nos formam. Meras causalidades que buscamos complicar.
Muito massa!
Abraaço.
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