Quem me conhece, sabe que não sou muito de morrer de amores por Aracaju, cidade onde nasci e vivi muitos anos da minha ainda curta vida. Sempre me senti um filho ingrato daquela terra, mas de vez em quando me ataca um sentimento nostalgico dos encantos de lá que chego a desejar estar em Aracaju.
Preservo lembranças espetaculares da minha época de colégio, onde matar aula pra tocar violão era fantástico. Naquele tempo a gente não se preocupava com o futuro, nem se ia tirar nota baixa, a gente só queria curtir, e acredito que fui profissional nisso.
Hoje, conversando com uma conterrânea "boca quente", com toda a qualidade da palavra, relembramos as comidas típicas, verdadeiros delírios da alma. Quem for de Aracaju e não souber o que é um "beijú molhado" ta perdido. Falamos muito de muita coisa da velha terrinha.
No entanto, não importa qual seja o assunto, basta falar em Aracaju e me lembro dos meus amigos, que até hoje preservo, e dos finais de tarde no Inácio Barbosa. Enquanto jogavamos futebol na rua, o homem da bicicleta gritava: "zaroio, mácasado, pé de muleque, beijú molhado, oooiiiii!!!!!"