quinta-feira, 14 de maio de 2009

Zaroio, mácasado, pé de moleque e beijú molhado


Quem me conhece, sabe que não sou muito de morrer de amores por Aracaju, cidade onde nasci e vivi muitos anos da minha ainda curta vida. Sempre me senti um filho ingrato daquela terra, mas de vez em quando me ataca um sentimento nostalgico dos encantos de lá que chego a desejar estar em Aracaju.

Preservo lembranças espetaculares da minha época de colégio, onde matar aula pra tocar violão era fantástico. Naquele tempo a gente não se preocupava com o futuro, nem se ia tirar nota baixa, a gente só queria curtir, e acredito que fui profissional nisso.

Hoje, conversando com uma conterrânea "boca quente", com toda a qualidade da palavra, relembramos as comidas típicas, verdadeiros delírios da alma. Quem for de Aracaju e não souber o que é um "beijú molhado" ta perdido. Falamos muito de muita coisa da velha terrinha.

No entanto, não importa qual seja o assunto, basta falar em Aracaju e me lembro dos meus amigos, que até hoje preservo, e dos finais de tarde no Inácio Barbosa. Enquanto jogavamos futebol na rua, o homem da bicicleta gritava: "zaroio, mácasado, pé de muleque, beijú molhado, oooiiiii!!!!!"

terça-feira, 12 de maio de 2009

Legalizar ou relativizar



Hoje pela manhã, enquanto escutava o Jornal da Jovem Pan, soube que o Ministro do Meio Ambiente, Sr. Carlos Minc, participou da marcha pela legalização da maconha realizada na cidade do Rio de Janeiro. Na mesma reportagem, a mãe de uma jovem que está em tratamento para deixar o vício da maconha afirmava, de maneira bastante ríspida, que enviaria ao Ministro a conta do tratamento que está sendo realizado.


Diversos profissionais da área da saúde deram suas opiniões sobre a legalização da droga e todos foram contra, tendo em vista os males irreparáveis que a mesma causa no organismo.
Podemos pensar que liberando o consumo desta droga o tráfico perderia sua potência, ou então haveria uma maior possibilidade de controlar o consumo.


É perceptível que existem argumentos a favor e contra a legalização, no entanto não há dúvidas de este assunto é uma questão de saúde e segurança pública.


Acredito que, com o passar do tempo, existe uma forte tendência de relativização dos padrões sociais. Tal fenômeno está intrinsecamente relacionado com o poder que o capitalismos exerce sobre nós. A sociologia explica que após um período de cerceamento de liberdade, a sociedade local passará por uma fase de libertação exacerbada, talvez seja isso que está acontecendo.
Particularmente não sou a favor da legalização, pois acredito que os malefícios serão muito maiores do que os benefícios. Sem contar que os prováveis benefícios que a legalização traria podem ser alcançados com uma maior efetivação das previsões legais.