domingo, 20 de fevereiro de 2011

Tudo novo, de novo.

Assim como a chuva que torrencialmente cai lavando a terra e escoando para o mar as impurezas, também eu me deixei lavar, me livrando de tudo que era antigo, buscando me reinventar.

Como alguém que olha fixamente para uma lâmpada apagada e, de repente, ela se ascende, fiquei ofuscado com o que vi. Na verdade sempre olhei, mas nunca percebi o quão nítido era o que sentia, o que queria. Consciente do que estava acontecendo, me despojei, me lancei, em uma nova aventura, uma nova estrada.

Me sinto revigorado pelo desejo de construir um antigo novo destino, de viver um agora sempre atual, de crer, de saber que não há sofrimentos até que eles cheguem. A alegria me fez companhia, voltou a morar comigo, preparou um banquete e pôs a mesa.

Amor, cheguei. Voltei, e tive saudades.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Em mim

As tardes de verão não trazem consigo o alívio da brisa. O tempo permanece quente, inerte, mas as cores do entardecer formam no ar um verdadeiro espetáculo de luz. Os aromas são indescritíveis e o furor desses momentos enaltece a existência.

Como é de se esperar, e não pode ser diferente, após a tarde vem a noite seguindo um maravilhoso desígnio há muito preparado.

Assim nos corações, a noite de verão provoca inúmeras tormentas, e no meu, em mim, o raio que rasgou o céu e o partiu ao meio escreveu nele o seu nome.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Entre amigos

Enquanto ele escrevia, eu cantava, pensava e curioso tentava ler seus pensamentos.

Sentado ao meu lado, em uma tarde de pouca luz, percebia o que ele dizia, apenas ouvindo e exultando por dentro ao entender o quão grandiosos eram aqueles momentos.

Não me importava sequer com os minutos que viriam, apenas queria estar ali, inebriado com suas palavras e com os sons que brotavam ao nosso redor. A amizade passa a ser pequena perto de tudo o que estava sendo construído.

Assim como outrora eu cantava, agora ele cantava e me fazia rir.

Simples assim, são os amigos, sem problemas, sem questões, juntos vivem e crescem, jamais sem pensar no momento de depois, jamais se esquecem.