domingo, 19 de junho de 2011

Maria

Quando a vida nos passa uma boa rasteira e, repentinamente, já não temos mais onde nos apoiar. Quando o que sempre tememos nos acontece. Quando a teoria perde sua valentia, perde sua serventia, e nos vemos mergulhados na prática que não corresponde com o que, até então, vivemos. É chegada a hora de redimensionar.

Na alegria, o amor maior se torna pequeno, mas é na dor que aquele amor brota como uma bela flor que foi semeada durante muito tempo. O tempo se transforma no instante que se está, não resta o depois, não pode ficar. O sobrenatural transborda sem controle e chega onde não se pode imaginar.

Estando longe, mas muito perto, te vejo. Aquela dor, que não é mais uma dor, nos aproxima e me faz viver cada segundo como se fosse o meu ultimo, o seu ultimo. A alegria que parte direcionada da sua voz, chega em mim como o afago que, impotente diante da sua grandeza, não posso te dar.

Nada se vive só. Tendo uma Bandeira ao lado, a vida não nos permite abandonar, é preciso viver, viver e transformar. A teoria se faz prática como nunca vi. Dor em amor, amor em dor, sem drama a vida se torna leve e linda... Não tenho o que falar, apenas agradecer.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Aquele outro lugar, o lugar de minha infância, já não me dá medo, já não me traz insegurança. Hoje sou forte, leve como o vento que passeia e sopra levando as folhas de um cajueiro.

Aqueles sabores de outrora voltaram a ser ricos de beleza e com toda sutileza preenchem a minha vida de alegria. Aqui me criei, a vida me fez, e sou o que sou, bom ou ruim, devo a tudo o que aprendi e vivi nas ruas dessa cidade.

Guardo apenas saudade. Amores, dores e sabores, maravilhosos sabores. Eu e tu formamos, agora, uma clara e límpida sinfonia, bem parecida com aquela que o vento faz nas tuas folhas, nas folhas de Aracaju.