Como se jamais houvesse existido, a dançarina subiu a avenida, virou a esquina e se perdeu no meio da multidão de sonhos e ilusões. Deixou pra trás expectativas e hipóteses, medos e alegiras.
A dançarina já não mais sorria como antes, já não mais brincava com o nariz do palhaço. Sem esperar, se tornou cativa de si mesma, de seus planos, e não soube mais sentir o aplauso da plateia que a assistia.
Antes de sua entrada no palco, a dançarina não fora sequer anunciada, o que provocou no público a alegria da surpresa. Mas assim como entrou, saiu, de repente como quem nunca existiu, deixando o público com o fim daquilo que poderia ser o início.
Mas não ficam só as dores. Não existe nenhum espinho sem que exista uma rosa. A plateia continua esperando a dançarina para que possa alimentar de ternura o sorriso abobalhado dos pagantes.
2 comentários:
Parabéns pelo novo design do blog e pelas novas postagens.
Grande Jomery, reli teus textos cara, muito bons! To seguindo teu blog..Segue o meu : romeritoflorencio..Abraço!
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