sexta-feira, 13 de maio de 2011

Esconderijos do tempo

O tempo se esconde nos cantos da parede daquela casa vazia, se esconde embaixo do tapete de uma velha sala de estar, se esconde nos cabelos que vejo caídos no chão do quarto.

O tempo não perdoa, não sorri, não cala, não fala, mas ama.

Não se transfigura nas engrenagens de um relógio que, enquanto houver pilha, não para de funcionar, ele se traduz nas rugas do meu rosto, nas lagrimas dos meus olhos que enxugo com as folhas daquela antiga árvore do quintal.

Assim como as curvas, as entranhas perdem seu vigor. O tempo não para, não muda, não canta, mas vive.

Vive nas longas estradas que percorri e se esvai como pó solto no vento. Para quem acha que o tempo cura, resta apenas a espera, mas quem faz o tempo é quem vive o momento.

3 comentários:

Clarissa disse...

PERFEITO! ADOREI!!!=)

L.B. disse...

mUito bom, Jomery! Estava inspirado, hein? Beijo.

David Padilha disse...

"Para quem acha que o tempo cura, resta apenas a espera, mas quem faz o tempo é quem vive o momento."

Muito bom, Jomery Nery!!