sexta-feira, 13 de março de 2009

Máscara Cotidiana

Nestes últimos tempos estive pensando o quanto necessitamos nos fantasiar todos os dias, estando sempre de acordo com o ambiente que frequentamos. Não me refiro a uma questão de ética ou até mesmo de etiqueta, mas trato a respeito do comportamento que devemos conceber. Este comportamento é diretamente proporcional a roupa que vestimos.
Notem que se estamos mais alinhados, nosso comportamento fica um pouco mais sério, não transparecendo quem realmente somos... esta é a máscara cotidiana que devemos colocar.
Não sei se isso acontece com todo mundo, mas é algo que me incomoda pois o meu "ser" termina sendo sufocado momentaneamente pelas roupas que uso.

5 comentários:

Thiago Freitas disse...

Puro reflexo de uma sociedade que vive das aparências. Essa "máscara cotidiana" é, infelizmente, posta como condição sine qua non à interação social.

Esse tema foi bastante pertinente, tendo em vista o fato ocorrido hoje no nosso trabalho. Recorda-se?

Elaine Pimentel disse...

Senti um ar de mistério nesse post...Mas concordo com você. É o que Goffman chama de "teatralização", um ritual necessário para que sejamos aceitos em determinados espaços. A roupa é só mais um aspecto dessa nossa realidade/fantasia. Tente minimizar sua angústia, pois a essência se sobrepõe à aparência. Beijos!

Unknown disse...

Já havia um tempo que percebo que vc está diferente, mesmo não convivendo muito com vc e lhe conhecendo muito pouco. Eu até lhe questionei sobre isso outro dia. lembra? E tive a sensação que vc estava mesmo sufocado ou passando por uma situação de sufoco. O que tenho a dizer é que ninguém está livre de vivenciar estas "máscaras", o que não devemos é deixar de alimentar a essência, pois esta sim é que nos aproxima de verdadeiros e bons amigos. Vamos tentar conciliar.
Parabéns pelo blog!
Beijos!

Ana Carla disse...

Essas reflexões sobre pequenas coisas do nosso dia-a-dia são sempre bem vindas.

Você sabe tão bem quanto eu que essas "máscaras" cotidianas não expressam quem realmente somos nem o sentido de nossa existência.

Mas nem se preocupe com esse parcial ofuscamento do seu verdadeiro ser. Ainda bem que nós, seres humanos, possuímos a incrível capacidade de nos superar e ultrapassar essas barreiras, nos revelando como realmente somos. Mais um desafio diário ;D

Clarissa disse...

É... concordo em parte com você. Realmente as várias situações do dia-a-dia pede que muitas vezes nos comportemos como se tivéssemos máscaras. Deixamos de ser, temporariamente, quem somos, para corresponder ao momento. Mas... se transformamos este momento em um ato feito por amor, não olhamos isto como uma máscara, mas como uma oportunidade de amar! Assim a angústia em "perder-se" transforma-se em felicidade por amar!:)
Obrigada por dividir este pensamento, pois é algo diário do ser humano que é preciso ser convertido em amor para não virar "perda de identidade".